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Rinoplastia




Rinoplastia é a cirurgia plástica do nariz.

Foi uma das primeiras cirurgias plásticas a serem criadas. Tem grande tradição e é consagrada nessa especialidade. Sua função é estética e reparadora, tanto que é categorizada como doença e consta no CID, o Código Internacional de Doenças.

Deve ser diferenciada da Rinomodelação, que é o tratamento do nariz com injeção de preenchimento - descrita em outra seção desse site. A Rinoplastia continua a ser o padrão-ouro nas correções do nariz.

O Dr. Trufino participou de dois importantes livros internacionais sobre rinoplastia e tem muita experiência nesse assunto.



Quais os tipos de Rinoplastia?

- Rinoplastia Fechada: uma das formas mais antigas de se operar o nariz. Atualmente, é indicada para casos mais simples e que precisam de menos correções.
- Rinoplastia Semiaberta: também conhecida como “Delivery” ou “Alça de Balde”. É um misto entre as técnicas fechada e aberta. Utilizada em casos de complexidade intermediária.
- Rinoplastia Aberta: a abordagem mais utilizada mundialmente na atualidade. Pode ser usada em qualquer tipo de caso, desde os mais simples até as reconstruções mais complexas. Permite maior controle das estruturas, melhor visualização, fixação com suturas, precisão nas medidas e nas manobras, melhor simetrização e maior estabilidade pós-operatória. Nessa modalidade são comumente utilizados enxertos de cartilagem para maior estabilidade e melhores resultados.



Qual a grande diferença entre esses tipos de rinoplastia?

A dissecção dos tecidos, as estruturas abordadas e a manipulação cirúrgica são os mesmos para todos os tipos.

A única diferença entre a Rinoplastia Aberta e as outras é que nela existe uma pequena cicatriz na columela (aquela coluna estreita do nariz, que fica entre as duas narinas, quando se olha de baixo para cima). Diversos estudos científicos testaram a qualidade dessa cicatriz e, em todos eles, o resultado foi de que essa minúscula cicatriz fica bastante imperceptível.

A grande diferença é que na Rinoplastia Aberta toda a estrutura osteo cartilaginosa do nariz é exposta, o cirurgião levanta a pele do nariz como se estivesse abrindo o capô do motor de um carro. Isso permite um tratamento mais preciso, mais seguro e com muito mais controle.



Rinoplastia estruturada

O conceito atual busca fazer uma cirurgia estruturada, o que quer dizer que o cirurgião libera todas as estruturas nasais no começo da cirurgia e recoloca todas em seu devido lugar no final. Isso é feito com pontos de sutura e estacas de suporte feitas de cartilagem do próprio paciente.

A cirurgia moderna não é mais “redutora”, onde o cirurgião apenas removia partes da cartilagem do nariz. Antigamente, por exemplo, se o cirurgião queria elevar a ponta do nariz, ele abaixava o dorso para que a relação entre eles desse a impressão de que a ponta estava mais alta. Agora se o cirurgião plástico quer elevar a ponta, ele usa artifícios para que a própria ponta seja realmente elevada e fique mais alta que o dorso.

A ciência moderna mostrou que é possível fazer um nariz parecer menor sem remover nada dele. Isso é feito através de técnicas cirúrgicas avançadas que empregam rotações, mudanças nos ângulos e alterações das relações entre cada parte do nariz, entre elas mesmas, e entre elas e a face. Além de garantir melhores resultados estéticos, a abordagem estruturada previne complicações.



Preservação da função nasal

O nariz tem função estética importante, mas sua principal função é a respiração. Ele é a porta de entrada da via aérea, serve para filtrar e aquecer o ar e também participa do olfato. O objetivo maior do cirurgião deve ser sempre o de preservar a função nasal.

A rinoplastia moderna preserva a estrutura, os ângulos e as características responsáveis pelo bom funcionamento nasal.



Quando o paciente tem problemas funcionais, é melhor fazer a cirurgia com o otorrino antes ou depois de fazer a plástica?

Nesse cenário onde existem problemas respiratórios importantes e o paciente precisa de tratamento otorrinolaringológico, temos alguns aspectos que devem ser levados em conta:

- Se o problema é sério e precisa de correção precoce, o tratamento funcional sempre tem prioridade.
- A cirurgia funcional (com o otorrino) pode ser feita no mesmo dia da cirurgia plástica, basta que o otorrino e o cirurgião plástico se coordenem para operarem conjuntamente.




Desvio de septo

- Atenção: a cirurgia do desvio de septo, quando feita antes da cirurgia plástica pode impedir ou dificultar o tratamento de uma giba nasal! Portanto, se a pessoa se incomoda com a giba nasal (aquele “ossinho” ou elevação do dorso do nariz), ou ela faz a cirurgia plástica no mesmo dia da cirurgia do desvio de septo, ou faz primeiro a cirurgia plástica! Essa definição é muito importante.
- A maioria dos desvios de septo podem ser corrigidos pelo próprio cirurgião plástico durante uma rinoplastia. Somente casos mais severos ou que envolvam outras cirurgias funcionais exigem a presença de um otorrinolaringologista.



O que uma Rinoplastia trata?

- Giba nasal: aquela corcova, elevação ou “ossinho” no dorso do nariz. Essa elevação geralmente incomoda mais na vista de perfil. Essa é uma das principais queixas que leva alguém a procurar uma rinoplastia. É ela que dá o popularmente chamado “nariz de tucano” ou “nariz de papagaio”. Muitas vezes a ponta parece estar baixa ou “caída” porque o dorso é muito alto e se projeta acima da ponta. Essa avaliação é importante e um cirurgião plástico experiente sabe decidir se deve apenas abaixar o dorso, apenas levantar a ponta, ou fazer a combinação de ambos.
- Ponta caída: outra queixa muito comum. Essa alteração é mais observada no perfil, mas também pode incomodar na vista de frente. A ponta pode ser tratada por elevação direta, através de suturas e estacas de cartilagem para suporte ou, então, como dito anteriormente, o problema pode ser um dorso alto e a mudança dessa relação é o que trará o melhor resultado.
- Ponta grade: as(os) pacientes podem se queixar de uma ponta muito redonda (tipo uma “bola”, como dizem) ou de uma ponta muito quadrada. Outros acham a ponta muito larga ou muito indefinida. Essas alterações são percebidas na vista de frente. O que a maioria deseja é geralmente uma ponta mais fina e bem desenhada.
- Base óssea larga: a base óssea é aquela porção bem dura e forte, que suporta o nariz na face. A largura é percebida na vista de frente. Seu estreitamento deve ser cauteloso para não dificultar a passagem de ar e nem prejudicar a respiração.
- Narinas largas ou muito abertas: isso é avaliado na vista de frente, olhando as asas nasais. Seguindo as proporções áureas, as asas nasais devem ter a largura da distância entre os cantos mediais dos olhos. Em afrodescendentes ou asiáticos, narinas um pouco mais largas combinam com as características da face. Quando a espessura das asas nasais é muito grande, o cirurgião pode remover uma porção delas. Quando o problema é o diâmetro da abertura das narinas, a cirurgia é uma rotação das asas nasais.
- Dorso em sela: é o contrário da giba nasal. Nesse caso, o dorso do nariz é muito baixo. Esse problema é mais observado na vista de perfil, avaliando-se a altura do dorso e sua relação com a ponta nasal. Na vista de frente, costuma causar a impressão de um nariz muito largo, porque a luz reflete de forma mais difusa em um dorso mais achatado. Quando elevamos o dorso, criamos um reflexo de luz linear, mais delimitado e mais fino, que dá a impressão de afinar o nariz. Isso é feito pela introdução de um enxerto de uma peça de cartilagem moldada, de cartilagem picotada, introduzida em um túnel estreito no dorso ou na confecção de um molde de fáscia temporal que envolve a cartilagem picotada. Atualmente, a melhor forma de tratar o dorso em sela é a injeção de preenchimento de ácido hialurônico (Rinomodelação).



Toda Rinoplastia “quebra” o nariz?

Um dos maiores receios é que a rinoplastia vá “quebrar” o nariz, mas não é bem assim. O cirurgião não quebra o nariz, ele corta o osso nasal com um instrumento delicado de precisão. O nome correto para cortar osso é fraturar, por isso tem gente que entende errado.

Isso não é necessário em todos os casos. A indicação da fratura é para casos com base óssea muito larga, quando se deseja estreitá-la e, também, quando a giba nasal é muito grande e sua remoção cria um espaço na linha média do nariz.



Como é a cirurgia?

Existem inúmeras possibilidades cirúrgicas, o que faz com que uma rinoplastia possa ser uma cirurgia de pequeno, médio ou até grande porte. Cada uma será conduzida de acordo com suas indicações e necessidades.

Por isso, tem rinoplastia que podem ser feita com anestesia local pura, em poucos minutos, e outras que requerem anestesia geral e várias horas de cirurgia. De qualquer forma, a anestesia geral é sempre a mais segura e mais confortável para a(o) paciente, que pode escolher essa opção sempre que desejar.

Cada caso será avaliado individualmente pelo Dr. Juliano Trufino e, ao final da consulta, ele vai poder decidir juntamente com a(o) paciente qual a melhor opção. Os detalhes serão dados conforme o plano cirúrgico personalizado que será criado na consulta.

O pós-operatório depende de quais técnicas foram utilizadas e também será detalhado individualmente para cada paciente ao final da consulta.



Rinoplastia x Rinomodelação: qual a melhor opção?

A resposta correta é: depende de cada caso!

Os casos mais simples e que requerem menos correções são mais bem resolvidos pela Rinomodelação, porque ela tem a vantagem de ser um procedimento não cirúrgico, minimamente invasivo, simples, realizado no consultório, com retorno imediato às atividades cotidianas e com poucas limitações pós-procedimento.

Atualmente, os casos que antes tinham indicação de Rinoplastia Fechada estão sendo muito bem resolvidos pela Rinomodelação (injeção de preenchimento).


A Rinomodelação (não cirúrgica) é preferível para:

- alterações mais observadas no perfil
- giba pequena
- ponta caída (leve ou moderada)
- dorso em sela
- pequenas irregularidades
- retoques pós-rinoplastia


A cirurgia de Rinoplastia é preferível para:

- alterações mais observadas na vista de frente (como ponta larga, nariz largo)
- melhor definição da ponta
- giba moderada ou grande
- ponta muito caída
- tratamento das narinas
- casos complexos
- desvio de septo associado
- problemas funcionais associados




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Diretor Técnico Médico: Dr. Antonio Juliano Trufino CRM-PR 20.177 | RQE 1438