O aumento das mamas com implantes de silicone é uma das cirurgias plásticas mais famosas do mundo. No Brasil costuma liderar o ranking das mais realizadas juntamente com a Lipoaspiração. É também chamada de Mamoplastia de Aumento com uso de Implante de Silicone.
Os implantes de silicone têm sido utilizados desde os anos 60 e foram considerados pelo FDA (vigilância sanitária dos Estados Unidos) como o dispositivo médico mais estudado até hoje.
O nome correto desse dispositivo é Implante de Silicone, que são diferentes das Próteses de Mama. Implante é algo que é inserido completamente dentro do organismo da paciente.
Prótese é algo que fica adaptado à superfície externa do corpo. A Prótese de Mama é um dispositivo colocado dentro do sutiã para camuflar assimetrias ou então em mulheres submetidas à Mastectomia que não foram submetidas a uma reconstrução das mamas. Outro exemplo de uma prótese são as dentaduras (prótese dentária), que são apoiadas sobre as gengivas e diferentes dos implantes dentários (inseridos dentro das gengivas e fixados no osso).
- Aumentar o volume das mamas
- Dar mais preenchimento para o colo (parte superior das mamas)
- Deixar as mamas mais firmes
- Deixar o formato das mamas mais arredondado ou mais em forma de gota
- Corrigir flacidez pequena das mamas
Os implantes de silicone somente estão indicados em casos com pouca flacidez mamária. Em casos com flacidez moderada ou severa, o uso isolado do implante de silicone piora a flacidez. A cirurgia para correção da flacidez das mamas é a Mastopexia e é completamente diferente da Mamoplastia de Aumento com Implante de Silicone.
É um dispositivo médico que possui uma membrana externa de silicone com várias camadas para evitar vazamentos e um conteúdo interno. Ele pode ser preenchido por um gel de silicone ou, então, por soro fisiológico (salina). No Brasil, o tipo mais utilizado é o preenchido por gel de silicone.
Eles são projetados para ter a consistência o mais parecida possível com a de uma mama normal. São fabricados em diversos formatos e diferentes volumes para que a cirurgia possa ser personalizada para cada mulher.
O Dr. Juliano Trufino faz um planejamento personalizado para cada paciente, baseado nos seus desejos e expectativas, suas características físicas e as possiblidades reais de tratamento.
No planejamento é necessário decidir os seguintes itens, que serão mais detalhados a seguir: via de acesso, posição do implante (em cima ou embaixo do músculo), formato do silicone, tipo de textura, volume. Existem limitações médicas para as escolhas, mas praticamente em todas, a decisão final é da paciente.
Existem 3 vias de acesso para um implante de silicone:
- Sulco Infra mamário: aquela dobrinha que existe abaixo das mamas. Nesse local já existe naturalmente um sulco. É a via de acesso que deixa a cicatriz mais escondida. Algumas pacientes contam que, mesmo quando estão com os braços levantados, a cicatriz fica imperceptível. Outra vantagem do acesso pelo sulco é o fato de ser a via com menor potencial de contaminação bacteriana. Quando esse acesso é utilizado, a mama não sofre nenhum trauma e não é formada nenhuma cicatriz no seu tecido glandular, por isso, é muito indicada para mulheres que ainda desejam amamentar.
- Periareolar: nesse caso, a incisão é feita ao redor da aréola em sua metade inferior. Fica bem discreta por estar na transição entre a aréola (com sua coloração própria) e a pele. Se por acaso a cicatriz não ficar tão boa, tem a vantagem de ficar escondida pelo sutiã e por roupas de banho. Existe, ainda, a possibilidade de corrigir qualquer irregularidade da cicatriz com a micropigmentação. Devido à presença dos ductos mamários, tem mais concentração bacteriana do que o acesso pelo sulco.
- Via axilar: nesse caso, a incisão é feita na axila. A única vantagem é que não deixa nenhuma cicatriz na pele das mamas. Esse é o local onde a cicatriz fica mais exposta e mais visível. Qualquer regata ou manga curta deixa a cicatriz à mostra. As axilas são uma área mais úmida e quente, o que não favorece uma boa cicatrização. Além disso, as axilas possuem pelos, glândulas sudoríparas e sebáceas e, por isso, têm maior concentração de bactérias. O acesso axilar fica mais distante do local onde a loja dos implantes deve ser criada e isso prejudica a cirurgia, mas a escolha é sempre da paciente.
Para que o implante de silicone seja colocado dentro do corpo da mulher, o cirurgião precisa criar um espaço, uma bolsa onde ele vai ficar alojado. Esse espaço é chamado de loja do implante e pode ser confeccionado em 4 planos distintos:
- Retroglandular: logo abaixo das mamas e em cima do músculo.
- Subfascial: o músculo é composto por uma fáscia e uma parte carnosa. Nessa
opção, o
silicone é colocado entre a fáscia muscular e sua porção carnosa.
- Submuscular: o implante de silicone fica totalmente coberto pelo músculo, entre
sua porção
carnosa e as costelas.
- Dual Plane: a porção superior do silicone fica coberta pelo músculo e a porção
inferior fica
coberta apenas pela glândula mamária. O silicone fica apoiado diretamente nas costelas.
A informação mais importante que a mulher precisa saber é: o formato final da mama não depende apenas do formato do silicone. O resultado depende da soma do silicone com a mama que a mulher já tem. Mesmo o volume de uma mama pequena pode alterar completamente o resultado visual final da cirurgia.
Existem 3 formatos principais de implantes de silicone, cada um com suas características e indicações próprias:
- Redondo: o mais famoso e o preferido pelas brasileiras. Esse formato é o que dá mais volume na parte mais alta da mama, o colo. É o escolhido por quem quer mamas mais arredondadas e que desejam valorizar o decote. É possível criar uma mama com formato de gota, mesmo usando o implante redondo. Isso depende das características anatômicas da paciente e da altura que o silicone é colocado em relação às aréolas.
- Cônico: o menos utilizado. Sua característica é uma base muito estreita e projeção central muito grande.
- Gota: existem 3 tipos de implante com formato de gota. Tem uma opção para cada tipo de corpo: tórax mais longo e estreito, tórax mais curto e largo e tórax equilibrado. Esse formato é escolhido pelas mulheres que não desejam volume na parte superior das mamas (no colo).
A superfície externa dos implantes de silicone pode ter diferentes tipos de textura. Elas são divididas em:
- Macrotextura
- Poliuretano: um tipo de macrotextura que possui ainda uma camada extra de
espuma de
poliuretano
- Microtextura
- Nanotextura
- Liso
Esse assunto sempre foi motivo de debate entre os cirurgiões plásticos, e até agora ainda não existe uma definição de qual a melhor textura. Todas têm seus prós e contras, e eles serão apresentados para a paciente durante a consulta. A decisão final de qual textura utilizar é sempre da paciente, levando em conta os dados científicos mais atualizados que serão informados a ela.
Essa é uma das maiores dúvidas das pacientes. Muitas acham que o volume deve ser escolhido pelos mililitros (ml), mas isso é coisa do passado.
Os implantes de silicone evoluíram muito e o mesmo “ml” pode ter formatos e efeitos totalmente diferentes. O silicone atual é muito mais personalizado para o corpo de cada mulher.
A escolha atual se baseia em duas dimensões medidas em centímetros no tórax de cada mulher - a base e a projeção:
- Base: é a medida entre a linha axilar anterior e a borda lateral do osso esterno (que fica no meio do tórax). Essa medida é fixa e depende da largura do tórax de cada mulher. A base da paciente precisa ser respeitada para que o silicone encaixe corretamente no tórax da paciente.
- Projeção: é o quanto o silicone projeta a mama para frente. Para cada base, existem 4 opções de projeção. A paciente pode escolher a menor possível, uma intermediária ou a maior possível. Atenção: a maior possível não é necessariamente a maior projeção que existe para a base da paciente. A maior projeção possível vai ser limitada pela medida em centímetros do máximo que a pele da mama da mulher pode ser esticada para a frente!
É a projeção que determina o tão falado: “alto”, “extra alto”, “ultra alto”, entre outros nomes. Não existe uma padronização de nome, cada empresa chama de uma forma. O extra alto de uma marca pode ser o alto de outra. O que realmente importa é a medida em centímetros do quanto cada opção se projeta para a frente.
Antigamente, os implantes de silicone tinham prazo de validade de 10 anos e a paciente era obrigada a trocá-lo neste período, mesmo que tudo estivesse bem. Atualmente, não existe mais esse prazo de validade, mas como o silicone não é um material biológico e nunca vai ser integrado ao organismo, é muito provável que um dia ele vá precisar de alguma manutenção.
O corpo da mulher muda com o tempo, então é muito difícil que ela não queira melhorar algo com o passar do tempo.
Nenhum implante, de nenhuma marca, é vitalício! Nenhuma empresa fabricante garante que seus implantes durem para sempre. A garantia vitalícia que algumas marcas oferecem significa que, se acontecer algum problema e o implante precisar ser removido, eles vão fornecer um novo implante do mesmo modelo e do mesmo tamanho.
A orientação atual é: depois de colocar um implante de silicone, a mulher deve fazer consultas com seu cirurgião plástico e exames de imagem anuais. Caso surja algum problema, será indicado algum tipo de manutenção: seja a troca dos implantes, sua retirada (explante), ou troca por enxerto de gordura.